Papeis. Na vida desempenhamos vários papeis. Em casa marido e pai. No trabalho, enfermeiro, chefe ou chefe de equipa. Papéis onde se espera que tenhamos uma determinada actuação, uma determinada postura. Num teatro não há mistura de papéis. Não se agarra num novo papel antes que o anterior esteja terminado, não se trocam roupas e adereços entre duas personagens. Mas na vida todos estes papéis estão ligados, contidos no mesmo invólucro, são várias faces da mesma personagem.
É como se todos fossemos uma espécie de Jeckyll e Hide com múltiplas personalidades, e procuramos a todo custo harmonizar todos os nossos pequenos egos. Mas não é possível essa harmonia quando há dois ou mais papéis em constante conflito, em constante competição pela nossa atenção. Não é possível desempenhar todos os papéis que nos foram sendo atribuídos com a mesmo sucesso e o mesmo empenho. Ou será?
Eu, pelo menos, não sou.
8 comentários:
Sinceramente duvido. Para um papel ser brilhante o outro tem que ficar para trás, nem que seja ligieramente!
acho que pode ser possível sim , navida... só mo teatro é que não :)
bj
teresa
O segredo estar em priorizar bem os papéis.
A arte de nos desdobrarmos em não sei quantos papeis é do mais complicado que existe. Por vezes temos mesmo que fazer cedências de um lado para podermos satisfazer outro...
Ninguém disse que isto era fácil, mas não é impossível :)
Pelos visto o mau karma de ontem, continua presente no dia de hoje :)
Quando a nossa energia é positiva, todos os papéis do teatro da vida são facilmente conciliáveis...
Contudo, na vida, temos sempre um papel mais importante do que todos os outros. E é nesse papel que temos de dar o nosso melhor, para podermos ser actores e actrizes de sucesso :)
Beijinhos e esperemos por dias mais positivos!
Sem nos esgotarmos, sem morrermos de cansaço, temos de fazer escolhas, mais ou menos conscientes, mais ou menos lógicas, para conseguir abarcar tudo nos braços pequeninos que temos.
Já no coração, cabe um mundo sem fim!
;)
Miguel, o truque é o mesmo que se usa com a bebida.... nunca misturar!
a questão não é quem somos mas quem devemos ser na altura apropriada.
Olhas ao espelho não te ves a ti mas sim muitos "tu's" o miguel contente, triste, zangado aborrecido... o de pai, o de enfermeiro ou marido.
Tens de controlar os outros e deixar fluir aquele mais apropriado para o momento
António Sergio
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