Algumas (muitas!) pessoas ficam ofendidas quando lhes sugerem que talvez não fosse mau levarem o seu filho a um psicólogo. Eu gostava de ir ao psicólogo para aprender a lidar melhor com o meu filho, para aprender as técnicas que ajudam a lidar com as frustrações dele e, acima disso, como evitar que as minhas frustrações prejudiquem o seu desenvolvimento. Gostava que ele falasse com alguém isento e profissional, alguém que me ajudasse a interpretar melhor o meu filho. Porque o amor incondicional quase nunca chega para resolver os problemas, sendo esse amor por vezes o maior obstáculo que os pais enfrentam quando se trata de compreender e ajudar os seus filhotes. Cada vez mais acho que isto de ser Pai é muito mais difícil do que o que parece. E ninguém nos ensina isto! Devia existir uma Academia de Pais onde fosse possível aprender mais e melhor sobre esta coisa da Paternidade, onde profissionais da mais diversas áreas ligadas à puericultura nos conduzissem pelos meandros da educação de crianças e jovens, nos dessem ferramentas para eliminar as zonas cinzentas das nossas relações com os nossos filhos, que nos avisassem das nossas limitação enquanto pais.
A Outra
-
É ela que o vê doente e que coloca a mão fria no seu rosto febril. É ela
que o vê acordar e que dorme sobre o colchão moldado pelo corpo dele,
havendo lado...
Há 12 anos
9 comentários:
gosto muito do seu blog e por regra revejo-me nos seus pensamentos. Hoje é a excepção! acho que, às vezes, temos demasiada informação, livros e conselhos sobre como devemos educar, o que acaba por nos criar impasses emocionais e dificuldade em decidir. E agora, em contradição com o que afirmei, vou deixar um "conselho" (que não me pediu e que provavelmente já lho deram mil vezes) em relação aos pesadelos. Também aconteceu lá em casa, por volta dos três anos do meu filho mais velho (e coincidindo com o nascimento da irmã...), noites muito complicadas. Demos-lhe dois bonecos (os famosos "óós", que ele não usava até então) e atribuimos-lhes nomes e poderes super especiais para combater os monstros. Se calhar foi pura coiencidência, mas resultou.
Acho que vamos ter sempre dúvidas...
Saber-vos lá vai ser suficiente, vais ver
http://saudeinfantilfeira.blogspot.com/2009/04/terrores-nocturnos-versus-pesadelos.html
Dá uma espreita. Eu sei que quando nos toca a nós e ao nosso sentimento de impotência, não há leitura que nos ajude, mas saberes que o Gabriel não é caso único e espreitares algumas dicas para os pesadelos irem embora, pode ser que ajude.
Eu comprei uma luz de presença espectacular aos miúdos, projecta as constelações todas no tecto e ficam com o quarto cheioooo de estrelas. Compra-lhe um amigo novo, tenta os conselhos que surgem nos livros da especialidade. Se não resultar, fala com o pediatra dele, ou com um pedopsicólogo.
O meu palpite de leiga é que está relacionado com a chegada do irmão e com a insegurança dele perante vocês. É normal, lixado, mas normal.
Conselhos sobre pesadelos, não sei dar...Mas posso-lhe dizer que partilho dessa dificuldade em educar um filho...
Fiz um cursinho pré-parto,mas confesso que o precisava era de um pós-parto...De dúvida em dúvida já lá vão 5 anos e tenho muito medo de errar e de não estar a educar da maneira mais correcta a minha filhota.
A última dificuldade prende-se com uns óculos que a minha pequenina usa á 3 dias...o que no inicio parecia uma brincadeira e a tornou ainda mais vaidosa, agora é motivo de choro, com o "mamã, eu não quero usar óculos"... e eu já não sei que mais lhe dizer...e o meu coração anda apertadinho...
A humildade da tua postura de pai só me assegura que és cinco estrelas nessa matéria. Como em tudo, é preciso ir tentando e ir aprendendo.
Já agora, aproveita todas as oportunidades para lhe dizer que sim, é corajoso. Acredito muito que as ideias (positivas ou negativas) repetidas se tornam realidade :)
Ando em falta nos comentários, mas a verdade é que me identifico a 100% com o que sentes... e a minha ainda só tem 6 meses...
mas são tantas dúvidas, tanta vontade de fazer o melhor por ela e não sentir que é suficiente (ou correcto)...
mas acho que faz parte do nosso crescimento enquanto pessoas e pais - aprender todos os dias com eles e por eles e para eles
beijinhos
Mas é preciso não esquecer que "...quem não tem cadilhos tem"
Boa sorte
Cláudia
Não sou pai, mas sou filho. E o que vejo, tendo os meus pais como exemplo, e o que digo muitas vezes, é que ninguém ensina a ser pais. É daquelas funções/ tarefas que não vem escrita nos livros. É algo que se aprende ao longo da vida e como em tudo na vida são cometidos erros e falhas. Mas não se preocupem, se houver amor, os filhos não se apercebem dos erros.
Aliás, são eles que vos vão ensinar muitas coisas.
Parabéns pelo blogue. Costumo acompanhar... Desejo de muitas felicidades a muitos níveis.
Miguel, acredito que te sintas "desinstruído" no que toca a ser pai. Acho que todos os pais que amam os seus filhos o sentem!
Não cheguei ainda à fase que descreves, e acho que só me vou preocupar com isso quando lá chegar!
Mas lembro-me que quando era miuda e tinha "problemas" a minha mãe tinha sempre uma resposta sensata para tudo... e eu não fiquei traumatizada e superei tudo com os conselhos dela... só tenho pena que ela já cá não esteja, para a consultar sobre estes "dramas"...
Bem, acho que em suma, nós somos as pessoas mais indicadas para os ajudar! e de certeza que vais encontrar uma solução até bem simples para contornar estes medos!
Enviar um comentário