Vivemos num país livre. Será? Já não há escravatura. Por acaso até há, perguntem ao Cristiano Ronaldo (ele próprio se descreveu com um "escravo moderno", mas este senhor só fala bem... com os pés!) e aos meninos espalhados pelas áfricas e ásias! Mas em Portugal já não há escravos. Certo? Não, errado.
Porque é que alguém que quer mudar de vida e de emprego, só o pode fazer ao final de x anos, os determinados pela entidade patronal. Porque é que alguém que está disposto a pagar a indeminização legalmente (repito: legalmente) estabelecida para rescindir o contrato antes do seu termo, a fim de perseguir um novo projecto de vida, vê os seu objectivos e os seus sonhos (bem como os da sua família) e, acima de tudo o seu futuro comprometido por um "indeferido" impessoal e redigido por alguém no cimo de um aparelho burocrático perfeitamente inacessível ao comum dos mortais. Porque é que as coisas têm de estar sempre rodeadas de linguagem jurídica escrita num idioma que só alguns idiotas é que compreendem? E porque é que a tradução desse idioma não é a mesma para todos os sujeitos?
Porque é que temos de gastar a nossa energia, o nosso tempo, o nosso dinheiro, o nosso bom-humor numa luta contra o sistema apenas porque queremos sair so sistema (será que pertenço à máfia e não sabia??). Porquê amarrarem (agrilhoarem, é mais o termo) um elemento da função pública quando todos os dias se fala de reduzir custos e quadros nessa mesma função pública?
Qual é a vantagem de terem um elemento perfeitamente coagido a ir trabalhar todos os dias, numa desmotivação total e perfeita. Quem consola essa família, destroçada pelo escoar dos seus projectos em nada?
Fazendo minhas as (últimas) palavras de um ciclista após um grave acidente:
"Foda-se, 'tou farto desta merda..."
PS: Também já começo a ficar fartinho das pessoas que se queixam constantemente da sua vidinha e que, na posse dos istrumentos para a mudarem, preferem manter os seus lamúrios hipócritas e vazios. E por favor, parem de me dizer: "Mas estás tão bem, és do quadro, porque queres agora mudar?" que eu mando-os todos pró ca..........
3 comentários:
Não é fácil a mudança nos dias que correm mas porque não tentar se é essa a sua vontade? Essa questão que coloca sobre os entraves que a entidade patronal coloca em deixar sair um trabalhador é real e conheço alguns casos assim. Porque é que não tenta ir ao ministério do trabalho para tentar resolver essa questão? Conheço alguns casos que só recorrendo a essa entidade é que conseguiram ver os seus direitos assegurados.
Cumprimentos,
Magali
Também eu estou saturada dessas pessoas que não páram de me mandar mails a queixarem-se de tudo e mais alguma coisa, sempre com uma implícita enorme vontade de mudar, mas sem mexer uma palha para que isso aconteça. Não fazem pela vida e ficam num lamento constante, de braços cruzados, à espera que uma qualquer entidade patronal lhes bata à porta a convidá-las para se deslocarem para um país giro (de preferência o que lhes preenche o imaginário), viver numa casa janota e ter um emprego milionário. Ah! E algumas dessas pessoas chegam ao cúmulo de me perguntar: não consegues arranjar nada aí para mim?
Como?! Tenho cara de agência recrutadora, eu? É que já nem respondo. Não há mesmo pachorra, bolas!!!
Miguel, vai por mim, se queres mesmo mudar de ares e sair do país, não te preocupes com as "correntes". Trata do que tiveres a tratar para recomeçar noutro sítio, quando tiveres tudo confirmado, manda esse pessoal à merda e desaparece. Ninguém vai meter a Interpol atrás de ti por quebra do contrato de trabalho. P*%a que os pariu a todos.....
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