quarta-feira, 13 de outubro de 2010

A culpa é dos queridos que mudam a casa!

Malditos queridos! Aquilo é um tremenda duma publicidade enganosa! "Ai q'horror, que decoração horrível e tremenda falta de gosto! Ai que detesto o lambrim do corredor e aquele vidro fosco tão anos oitenta!" E lá vem uma tia que sabe conjugar umas cores e muda aquilo tudo para uma divisão de catálogo de revista de decoração de interiores! E depois vêm os malucos das obras e fazem aquilo parecer fácil e barato e ao alcance de qualquer um! BAH!
E depois, que ideia é aquela de remodelarem UMA divisão? Se essa divisão está feia, imaginamos o resto da casa! Vou então jantar à novíssima sala de decoração neo-classico-moderna dos queridos e apetece-me, digamos, cagar. Saio da sala e... entro numa outra dimensão infernal onde o corredor tem azulejos azuis-e-brancos até meio da parede e o WC tem as porcelanas verde-couve! "AHHHHHHHHHHH", grito e saio a correr. Não dá. E outra coisa. Se alguém, um qualquer habitante de uma qualquer casa não consegue manter organizada uma divisão normalíssima imagino o que (não) farão com uma sala/quarto/cozinha tão "capa de revista". Giro, giro seria um programa "Um mês depois do Querido!" Mas o pior, o piorzinho desse programa é a vontade que causa em nós de mudar a nossa vulgaríssima casa. A capacidade que eles têm de nos fazer pensar que moramos numa espelunca desorganizada e sem graça nenhuma. E, ainda pior, de nos fazer acreditar que somos capazes de fazer o mesmo que eles. Não somos.
Assim, imbuído do espírito "Querido Mudei a Casa" lá fui eu envernizar o telheiro de madeira do jardim e pintar o portão da entrada. O envernizamento correu bem, até porque foi a Mariana que tratou disso. Eu limitei-me a pintar as tábuas a direito e ao final da primeira já estava a ter alucinações após snifar um bocado do "Bondex" de carvalho. Quanto ao portão... fui comprar tinta e pincéis e fiz-me ao trabalho! Trincha e rolo em punho e, pimba, ao final da manhã tinha o trabalho quase pronto. Olho para a minha obra-prima e, que raios!, tenho o portão de um branco-alvo pintado cravejado de pequenos insectos pretos colados na tinta fresca! Os c****ões dos insectos debatem-se para se soltar da armadilha e dão-me cabo do trabalho. Por cada um que tiro tenho que retocar a pintura e logo outro se enfia na tinta. Cabrões dos mosquitos! Isto não aparece nos queridos, que os insectos atacam a tinta fresca como se fosse um monte de merda fresquinho! Disso não falam eles! E depois, trabalho acabado mas cravejado de insectos negros que parecem reproduzirem-se na própria tinta, vai de lavar os pincéis, trinchas, rolo. Aparentemente existem vários tipos de tinta. A tinta das paredes sai facilmente com água. Descobri da pior maneira que a tinta dos metais não. Então, logo a água e tento lavar os objectos, nada acontece. Para ajudar aperto o rolo com as mãos e, pior um pouco, fico com as mãos brancas de tinta que não sai com água! Pareço estar a usar luvas de cerimónia brancas. De repente lembro-me: diluente! Vou buscar a lata que está na dispensa (pinto-a de branco com as minhas mãos entretanto) e vai de despejar aquilo nas unhas. Nada acontece a não ser uma breve visão de um elefante rosa a passar na rua. Talvez tenha inalado um pouco de diluente a mais... Fica tudo branco, cada vez mais branco, as mãos brancas, os braços salpicados de manchas brancas. E aquilo não sai por nada! MAS PORQUE É QUE OS QUERIDOS NÃO AVISAM AS PESSOAS QUE HÁ VÁRIOS TIPOS DE DILUENTE?? Aparentemente, para limpar tinta sintética é necessário um diluente sintético. Lógico? O ca******lho!
Tenho a impressão que o portão vai ficar só com uma demão...

8 comentários:

Anónimo disse...

LLLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL

Sofia disse...

Pronto, neste momento estou a imaginar o Miguel (aquele que existe na minha imaginação) a debater-se:
* com mosquitos que gostam da "cama" macia que a tinta lhes fornece para se reproduzirem;
* com um rolo impregnado de tinta que não sai;
* com as alucinações que o diluente lhe fornece.

Adorei! :D

jocares disse...

LOL

Bem dp de gritar era melhores ires cagar ao monte... qt ao diluente era logico q sintético era a melhor escolha... podias ter ido à Leroy Merlin e reclamar... LOL, pra proxima guarda uma latinha de agua-ras...

post muito bom

cpts

jocares

Naná disse...

Miguel, jovem... já te chamei não sei quantos nomes... então tu usas diluente (seja ele qual for) sem envergares umas luvas e uma máscara???? (não me leves a mal, mas isto é a minha veia profissional de técnica de segurança do trabalho a sobressair...)
E os mosquitos, foi mal pensado... em fim de semana em que começa a chover o índice insectário disparou. Os muros da minha casa estão cravejados de aguídas...

Amarela disse...

LOL

I. disse...

1º- não leste o rótulo da lata de tinta. bad.
2º- esta época do ano, depois de chuvas que eclodiram insectos, não é boa para isso. primavera ou verão mas se dá sol directo no local, pintar ao fim da tarde.
3º voltando ao ponto 1º, é importante não só para saber que tipo de diluição usar. tb faz falta para a) saber se a tinta dispensa primário (a hammerite pode ser aplicada até sobre ferrugem) b) saber como adere, isto é, se dispensa lixadela ou decapagem prévia.
Ao dispor ;)
Ass.: a gaja bricoleira

Anónimo disse...

andas mal informado, não houve um programa "um mês depois do querido" mas houve sim um que era "um ano depois do querido" e por incrivel que pareça algumas das casas estavam quase iguais a como a deixaram!
mas realmente eles fazem tudo parecer tão fácil e implantam uma certa inveja em todos nós ;)
agora para não parecer mauzinho, porque não sou, gosto bastante do teu blog e por bastante entenda-se visitar todas as semanas.
Boa sorte para a tua nova fase! :)

KiKa disse...

Looooooool muito bom xD