sábado, 30 de maio de 2009

Descanso.

Férias! Vacances! Chamem-lhe o que quiserem mas nos próximos 15 dias as minhas prioridades são: disfarçar o bronze "à camionista" e passar o máximo de tempo possível "de molho". Adeus e até ao meu regresso em força no dia 15 de Junho!!
Stay tuned...

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Surprise, surprise!!

A nossa imaginação é prodigiosa! A ideia que temos de pessoas que não conhecemos pessoalmente mas que, de uma forma ou de outra fazem parte da nossa vida é influenciada por vários factores. Quem de nós não imaginou a namorada/o de um amigo/a, não decidiu que essa pessoa seria alta e esguia, de olhos claros e com uma simpatia moderada e depois nos apresentam alguém moreno, não muito alta e super afectuoso? Ou o contrário!!
É um bocado como as personagens de um romance que é adaptado ao cinema!! A mim, o que mais me marcou e serve sempre como exemplo, foi a adaptação do "Harry Potter" ao grande ecrã. A primeira vez que vi o actor que dá vida ao professor Snape fiquei esmagado!! Porque não podia ter imaginado personagem mais diferente! A sua descrição e o relato das suas perseguições, aliado ao seu passado criminoso, fez-me imaginar alguém mais negro, mais obscuro e maquiavélico. Achei que aquele Snape era um bocadito histérico!!!
Enfim, tudo isto para dizer que hoje conheci alguém de quem já tinha ouvido falar muitas vezes, e de quem já tinha construído uma imagem com base em relatos indirectos. Essa imagem que construí também estava errada, mas a nova e real imagem foi uma agradável surpresa.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eu tenho o poder!!

Estou no trabalho desde as 8h. Entre cuidar dos doentes e das rotinas do(s) serviço(s) já tive a reunião com o formador, combinei os turnos a cumprir em Junho e li (na diagonal e com várias interrupções para trabalhas, que é pró que me pagam, não para estar calmamente sentado a ler manuais de diálise!!) cerca de 1/4 do material teórico total. Neste momento estou cansado de ler e fartinho de trabalho. Pausa só para ver o ambiente virtual e para partilhar um dos meus pequenos prazeres profissionais: abcessos!
Adoro quando aparecem abcessos para drenar!! Dou saltinhos de contente! É como espremer borbulhas mas com dimensões elevadas à 10ª potência. Hoje um daqueles abcessos lindos... Ocupava toda a zona perineal, desde o anús até à base dos testículos. E lá estava ele, estumescido, pele tensa e brilhante. Toquei-lhe e estremeci... estava mole, madurinho, pronto para a colheita. Preparei o anestésico e o bisturi... uma "sprayzada" do líquido frio e anestésico e... ZÁS!!! Um corte rápido e preciso!! O pús amarelo-esverdeado jorrava sob tensão daquela porta de saída que criei, qual salvador do pús oprimido, misturado com sangue impuro. Apertei as margens do quisto e mais, e mais pús saiu das profundezas impuras do corpo humano. Ri histericamente para dentro do meu ser. "Sim, sim, SIM!!!! AH, AH, AH, AH!!" estava possuído pelo poder de libertar aquela malignidade. Parei quando o doente começou a trepar, literalmente, pela parede à sua frente. A dor, essa inominável besta, vencia-me... Deixei por terminar o meu belo trabalho mas encaro o amanhã com esperança e ansiedade pois nova experiência extasiante me espera, à hora marcada para novo tratamento. Resta-me o odor sugestivo que se colou bem fundo nas minhas narinas para acalmar tanta excitação.
Ah... as sensações que estas mãos conseguem arrancar dos meus doentes...

Só espero que valha o esforço...

Curso de Diálise. 240 h de formação a dividir por 30 turnos de 8 horas. Cerca de 60 h de trabalho semanal a dividir por dois locais de trabalho. Dois manuais para empinar nos próximos 15 dias. Não estranhar se eu andar desaparecido.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Triste.

Triste não foi o Man. United ter perdido. Triste foi ver aquela equipa recheada de estrelas a arrastar-se pelo campo, a falhar passes, a dar o terreno ao adversário. E o Barcelona, que fez um GRANDE jogo, merecia melhor adversário. Estou triste pelo CR7. Apesar de achar que ele não devia falar em público, ele é para mim o melhor jogador do mundo. É muito mais completo que o Messi. E ele, hoje, merecia melhor equipa.

Dicas como deve ser.

Ele há realmente blogs com muito bom gosto!! Então não é que existe um blog que, entre outras coisas bem interessantes, elege um blog alheio e lhe dá destaque numa das suas rubricas?? Pois é... adivinhem lá quem está em destaque nesta semana?
Obrigado à Sofia e a toda a equipa do "Massa Crítica"!!!

Sobre o lamentável caso da menina russa...

O que me apraz dizer é que ponderávamos ser uma família de acolhimento. Com este e tantos outros exemplos de lamentáveis decisões puramente jurídicas e pouco ponderadas, a motivação vai-se e as reservas aumentam. Se é para isto, para que servem as campanhas para angariar famílias de acolhimento?
Ah! Só mais uma coisinha... Exmo. Sr. Dr. Juiz (com todos os títulos a que tem direito, que eu não quero ser mal- educado) do Tribunal de Guimarães que decidiu o "caso Alexandra": vá-se foder!!
Com todo o respeito.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Praxadela

Ainda estou para perceber como é que acabei a fazer o toque rectal a um doente.

Toque rectal: enfiar um dedo... bom, para bom entededor...

Dinamização do tempo.

Há quem lhe chame paixão pela leitura. Se forem leitores deste blog sabem que o meu intestino é, como dizer... caprichoso! Assim sendo, o meu intestino tem-me bem domesticado sabendo que eu sei e não falho com os horários que ele estabelece. Seja em casa ou noutros locais, ele exige sempre muita atenção pelo que posso passar algum tempo no chamado "trono". Vamos a contas: 30 anos são 10950 dias (sensivelmente!). Se em cada um destes dias perdi 15 minutos no trono (em média, claro) são 164250 minutos, o que é equivalente a 2737,5 horas, ou seja, 114 dias!! Cerca de 4 meses é muito tempo para desperdiçar só a cagar!!!

Eu dinamizo esse tempo. Na maioria do tempo leio. Normalmente o livro que estiver a consumir no momento. Se esse não estiver disponível vai o que estiver à mão: revistas sérias ou cor-de-rosa, jornais, catálogos da La Redoute. Não importa se já li aquilo ou não, tenho é que levar algo. Se não estiver a ler nada em especial, percorro a minha colecção "Calvin & Hobbes" e escolho um volume ao acaso! Estou certo que ficarei sempre satisfeito! Mas também já aproveitei esse tempo para outras actividades. Quantas vezes acabei o jogo "SuperMarioLand" no velhinho Gameboy original. Quando andava a aprender a tocar guitarra, esses tempos foram essenciais para atingir o nível pretendido! O único senão era o arrepio da guitarra fria quando em contacto com a perninha ao léu. Aquilo é que era inspiração... (nada do trocadilho óbvio de "inspiração de merda" ok?). Também já ouvi muita música nestes tempos, com o walkman, o discman e, mais recentemente com o iPod. Na verdade, é bem visível a evolução da sociedade através do que se faz entre aquelas quatro paredes. Esse tempo é fundamental na maturação da personalidade e da educação de um indivíduo.
Em que outro local se pode ficar informado acerca da dureza das águas e da sua distribuição pelo país? Dos componentes do detergente para a roupa ou dos produtos de higiene corporal? Dos magníficos textos que se escondem na bula dos medicamentos (quem sabe não foi isso fundamental para a minha escolha profissional.)? Da localização dos representantes e fabricantes do WC Pato por essa Europa fora? Do facto que o papel higiénico não é, de facto papel mas sim celulose? É um mundo de possibilidades. Nos locais públicos, onde a escolha é escassa e os textos escritos na porta do WC são de consumo imediato, opto por coisas mais lúdicas como brincar com aquele joguinho do telemóvel onde se tem que comer ovos com a serpente que cresce sem parar! O que interessa é dinamizar esse tempo e, no fim, carregar no Brise, Brisa Marinha. O único problema é ficar com uma das pernas dormentes e quase cair quando nos levantamos!! Mas quando se atinge a veterania, como eu, até isso se torna um hábito.

Currículos

Acabei de fazer o meu Currículo. Nunca tinha feito nenhum, nunca tinha sentido essa necessidade. Quando eu acabei o curso tinha já emprego em vista. Na verdade, assinei contrato ainda como aluno e comecei a trabalhar no dia imediatamente a seguir a terminar o estágio final. Uma semana depois arranjei um 2º emprego noutro hospital. Era facílimo trocar de emprego. Se não estávamos satisfeitos, trocava-se de emprego de um dia para o outro! Hoje corta-me o coração quando sei de colegas enfermeiros recém-formados que estão no desemprego ou nas caixas do Continente. Ou então trabalham em condições deploráveis e pagos a metade do tabelado por lei. É a época do recibo verde e da prestação de serviços.
Ao fazer o meu currículo apercebi-me de duas coisas essenciais:
- tenho trabalho. Muito trabalho! Já passei por algumas instituições, já tenho alguma experiência, tenho armas para lutar por um "lugar ao sol".
- Por outro lado, não fiz ainda muitos cursos de aperfeiçoamento profissional. Por várias razões. Porque a maioria são vazios de conteúdo prático, sendo mais "verbo de encher" currículos e os bolsos dos formadores e porque não tenho disponibilidade financeira nem tempo para realizar as que valem a pena.
Estes dois factores, que se deviam complementar, estão em conflito. Por um lado experiência profissional e competências baseadas na prática e, por outro, conhecimentos teóricos adquiridos em cursos de profissionalização. Estes cursos deviam servir para sedimentar a qualidade da prática clínica mas não o fazem. Neste momento, a maioria das pessoas que trabalham não tem disponibilidade para os frequentar e esses cursos estão agora pensados para serem "papados" por enfermeiros novinhos que, não tendo trabalho, querem enriquecer o currículo. O que acontece? Temos enfermeiros muito novos e sem experiência "no terreno" a ser preferidos face aos "velhos guerreiros" da luta diária (como é o meu caso). Nunca na vida me tinham pedido um currículo mas, estando eu a concorrer para um lugar de formador profissional apenas com a minha experiência e um curso de formador (CAP) como é que raio vou competir com um puto que tem carradas de cursos e pós graduações, apesar de nunca ter dado uma injecção na vida?
Cheira-me que algo aqui não está a bater certo...

sábado, 23 de maio de 2009

Elogio ao rafeiro.

Pois foi. No último post revelei que tenho um cão. A Banita e a Socas mostraram-se surpreendidas pelo facto de eu ser o dono do bicho e querem ver fotos. Pronto, cá vai.
O fulaninho peludo que vêm aqui à direita estava deitado à porta do prédio onde vivíamos na altura. Estávamos em Fevereiro de 2005. Chovia e fazia frio e o desgraçado teimava em não sair de cima do tapete fazendo aquele olhar que vêm, com as orelhas descaídas. A Mariana andava a cortejar-me para que adoptássemos um cãozinho e eu percebi na hora que aquele rafeirão enorme iria dormir lá em casa naquela noite. Esta foi a primeira foto que temos dele.
Não quis comer mas dormiu a noite toda. "Ao menos é sossegado." pensei. Mas não, estava apenas cansado.

Na altura estávamos de férias pelo que passámos bastante tempo com ele. Pensámos como iríamos chamá-lo, que nome se adequaria a ele. Como foi adoptado por uma família que iria tratá-lo bem concluímos que era um sortudo. Assim, Baptizámo-lo como "Gastão", em homenagem à personagem da Disney, o pato Gastão primo do Donald e que tem sempre a sorte do seu lado. No início estranhou e andava um pouco desconfiado, mas logo começou a ganhar confiança e a revelar a sua verdadeira personalidade. Mas precisava urgentemente de um banho. Já tentaram dar uma chuveirada a um cão com cerca de 30 kg que não gosta de água? Só se viam patas e braços pelo ar, o chuveiro a molhar toda o WC e, quando finalmente se libertou fugiu para o corredor onde se sacudiu da água vigorosamente. As paredes eram brancas...
Depois habituou-se e gostava de vir à varanda do 9º andar e ladrar para os transeuntes. Cedo se revelou um brincalhão.
Acabaram-se as férias e começaram os problemas. No primeiro dia em que tentámos sair de casa sem ele foi um desastre!! Ladrava, uivava e elevava-se nas patas traseiras tentando esgravatar a sua saída através da porta de casa!! Por esta altura já a Mariana estava desesperada e eu a passar-me com o animal. Penso que ele nos proporcionou a nossa primeira experiência de paternidade, uma vez que ele nunca podia ser deixado sozinho e obrigou-nos a arranjar um esquema de turnos para tomar conta dele!!

Inevitavelmente, chega o dia em que nenhum de nós podia ficar com ele. Solução? Um de nós tinha de o levar consigo!!! Adivinhem lá a quem calhou a sorte de levar companhia para o emprego? Aqui o menino lembrou-se que havia um local sossegado no exterior do hospital, com uma sombrinha e abrigo, onde o Gastão podia ficar preso. Toca a enfiá-lo no carro e arrancar. Ele adorou andar de carro (ainda hoje gosta!) mas não sabia o conceito de ficar quieto na mala. Nada disso! Saltava para o banco de trás e apoiava a sua cabeçorra malcheirosa no meu ombro!! Nesse mesmo dia, no seu primeiro passeio, percebeu que não era muito prudente ir de pé no banco de trás quando, numa travagem de emergência ficou enfiado no chão do carro, entre os bancos de frente e de trás!!! Mas lá que continua a gostar de andar de carro, disso não há dúvidas!
Contudo, o seu temperamento rebelde e o facto de se estar a tornar insuportável (principalmente para mim, confesso) o facto de ele ser incapaz de ficar fechado em casa, levou-me a tentar encontrar uma solução que fosse a melhor para ambos. Tentei tudo, desde canis municipais, associações privadas, anúncios para adopção, tudo!! A única instituição que aceitava receber o Gastão era um canil de abate. Fui lá... mas voltei com o cão. Entretanto trocámos de casa. Uma vivenda. O espaço exterior era o ideal para ele e, penso, foi isso que salvou a nossa relação. A sua energia era dispersada no jardim e não dentro de casa e isso levou a que eu o tolerasse melhor. O Gastão é um cão meigo e inofensivo, mas a sua energia, alegria e tamanho fazem com que se torne inconveniente. É o tipo de cão que salta para cima de nós só para dizer olá, que tenta lamber-nos a face enquanto caminhamos, que corre na nossa direcção e não trava nem se desvia, que derruba tudo no seu caminho. É alucinado e tem ar disso!

Com os anos ele tem acalmado. Aprendeu algumas coisas, como sentar quando lhe mando, mas continua um verdadeiro brincalhão! Adora correr livre, coisa que não faz muito desde que foi atropelado (ficou tudo bem), foge de casa sempre que tem oportunidade mas já aprendeu o caminho de casa, muito embora só volte quando quer!! Continuo a ficar lixado com ele quando me salta para cima logo pela manhã quando saio para o trabalho e me suja a roupa lavadinha com uma das suas patorras mas, no fundo, gosto dele. E sei que ele gosta de mim, ou não se teria enfiado comigo na cama (e digo mesmo por baixo dos lençóis!) na primeira vez que ouviu fogo-de-artifício e se assustou!! A Mariana adora-o. Acho que a alegria dele a contagia e a faz sentir-se bem! E depois, ela adora animais e preocupa-se muito com eles. Eu? Bom, eu tenho uma relação de amor-ódio com ele. Gosto muito dele mas, por vezes apetece-me espancá-lo!! Submisso como é, o Gastão provavelmente aceitaria o espancamento e ainda me lamberia as feridas no fim. É um bom cão, só é pena cheirar tão mal!!!!


PS: sobre esta última consideração a Mariana provavelmente diria: "Olha! Tu também cheiras mal e eu continuo a dormir contigo! Por isso, aguenta-te!"

sexta-feira, 22 de maio de 2009

São os loucos de Lisboa...

O que é que leva um homem com dois empregos, uma mulher, um filho, um cão e um blogue a meter-se numa formação de cerca de 300 (!) horas a realizar nas (poucas) folgas que ainda tem?
É a pura da loucura...

Eyes Wide... open?


HÁ MUITO QUE OS OBSERVO...
O olhinho com laivos de sangue raiado que vêm não é raiva, nem fúria, nem nenhuma moléstia como conjuntivite. São olhinhos de quem dorme menos do que devia... está um pouco desfocado mas garanto que aquele sombreado por baixo é olheirite e com vontade descortinam-se também as ruguinhas do cansaço... e é tudo.
(Porque que este post dá a impressão de ter sido escrito por uma gaja...?)


A Parentalidade (como agora se chama) visto pelo lado de um homem...

Ontem li este post e lembrei-me do que senti quando estive nessa situação. Sim, meus amigos, eu gozei 120 dias de licença quando o Gabriel nasceu. Os primeiros 2 meses em conjunto com a Mariana (entre licença por nascimento, 5 dias na altura, atestado de apoio à família e alguns dias de férias lá consegui os dias!) e os dois outros meses como Pai a 100% (isto porque, por razões parvas e que não interessam, a Mariana foi forçada a abdicar...). Confesso que foram os melhores meses da minha vida!! Neste momento sinto-me legitimado a reclamar também para mim aquele elo de ligação forte que é a ligação mãe-filho. Porque eu amamentei o meu filho (biberão é certo) e senti as dificuldades dele na adaptação à tetina de borracha, senti o seu desconsolo quando percebeu que não estava a mamar directamente da fonte, acompanhei a tristeza da Mariana quando saía pela manhã, congelei leite, esterilizei biberons, mudei muitas fraldas, acompanhei muitas cólicas. Mas também adormeci com o meu filho no meu peito, assisti ao seu primeiro sorriso, senti as suas pequenas mãos a descobrirem a minha face, tomei banho com o meu filho, escolhi a sua roupa, passeei com ele nos jardins e nos centros comerciais onde só vi mulheres com os seus filhos. Fiz tudo isto e garanto-vos, se tiver oportunidade, falo-ei outra vez!! Contudo, devo dizer que a melhor maneira de viver estes meses é a dois. Porque muito embora tenha sido muito compensador todo esse tempo que passei com o Gabriel, sentimos sempre muito a falta da Mariana...
Por isso não percebo a relutância (resistência?) de tantos homens em reclamar um direito que lhes assiste. Não percebo a resistência dos patrões em aceitar esse direito e as perseguições feitas (quando pedi os dias, o Director mandou o processo para análise jurídica para confirmar que eu tinha mesmo esse direito!!!), e não aceito que me digam que "é função da mulher"! A mulher deve estar todo esse tempo com o seu filho, mas deve ser concedido ao pai a oportunidade de a substituir sem se sentir perseguido e sem sentir que essa decisão o pode prejudicar. Mas este é assunto para dar um post bem longo.
Assim, percebo a angústia da Naná face ao regresso ao mundo real, do trabalho. É que custa com'ó caraças!!! Coragem!!!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ó pra mim armado em crítico literário...

Como devem ter reparado, mudou a imagem do livro ali, do vosso lado direito. Pois é, lá acabei o "Kafka à beira mar" de Haruki Murakami. O que me chamou a atenção neste livro foi o título. Depois, um autor japonês? Hmmm... como a cultura japonesa é "outra loiça" decidi arriscar. Não estou arrependido! Murakami tem jeito para a coisa e o livro tem muitas referências a livros, músicos e músicas, filmes, pintura, história, filosofia. E depois tem um velhote que não sabe ler mas fala com gatos e faz chover peixes e sanguesugas, um rapaz chamado corvo, um puto com 15 anos que pensa e fala como se tivesse 50, um transexual, fantasmas, soldados japoneses da 2ª Guerra Mundial que não envelheceram, o Johnnie Walker (esse mesmo, "red label) e o velhote que é a imagem do Kentucky Fried Chicken (KFC, o Coronel Sanders) e muito, muito mais!
Para quem gosta de BD japonesa e de filmes como "A Princesa Mononoke" ou a "Viagem de Chiiro". Eu senti que estava a ler o argumento de qualquer um desses filmes! Agora vou experimentar outros livros do sr. Haruki.
Mas por enquanto vou descobrir os podres do Darwin...

Duras negociações...

Face à minha insistência para que o Sr. Criativo volte ao trabalhinho (porque a produção está parada e eu tenho bocas para alimentar), diz ele que "mais vale não escrever nada do que nada de jeito!". Porra...

terça-feira, 19 de maio de 2009

STAND BY...

O Sr. Espírito Criativo, responsável pela manutenção da qualidade dos textos públicados neste espaço, está de greve e ameaça demitir-se. Queixa-se que as condições em que foi contratado se alteraram e quer uma revisão contratual. Sem ele não há "Cheirinho a éter...", quando muito haverá cheirinho a bosta. Adiante... o responsável deste blog esté em negociações com o Sr. Espírito Criativo na esperança de este voltar a executar as suas tarefas ao mesmo nível a que já nos habituou. Assim, este espaço estará em manutenção criativa por tempo indeterminado. Desde já apresentamos as nossas desculpas, voltaremos logo que possível.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Lembrete a mim mesmo nº2

Erradicar palavras tais como paneleiro, maricas, roto, viado e qualquer outra variação das mesmas do meu vocabulário. Algumas pessoas consideram-nas altamente ofensivas. E hoje aprendi uma importante lição acerca das relações entre as pessoas.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

À mulher de César não basta sê-lo...

Eh pá, nunca pudemos ser apanhados!! Como dizia um professor meu: "Vocês são umas bestas mentecaptas, é um facto. Contudo, o que conta é o resultado final do exame, mesmo que seja a copiar. Vocês podem até copiar, não é crime, não podem é ser apanhados." Acontece que esta mente genial, conhecida por levar 9 em cada 10 alunos a exame e por ter a mania de se gabar disso mesmo, foi apanhado na curva por um grupo de 4 alunos que lhe sacaram o teste. O fulano andou o resto do ano a matutar como é que raio ninguém tinha chumbado!! E mais, sendo a nota máxima que ele admitia o 14, como é que toda a gente da turma tinha sacado do 16 para cima! Mas isso é outra história...

Enfim, a lição a tirar é: nunca devemos dar parte de fraco! Exemplo: um doente aparece com uma doença que nós até já ouvimos falar, mas não conhecemos bem. Para facilitar digamos que o doente vem com uma hipertensão e coloca a seguinte questão: "Sr. Enfermeiro, o que é que causa a hipertensão?" Há uma frase chavão que é infalível:

- Como deve saber, o corpo humano é muito complexo pelo que essa situação pode ser resultante de uma multiplicidade de factores, pelo que é difícil isolar apenas uma causa.

Depois é fazer um discurso aparentemente estruturado e científico onde constem palavras como "sintomatologia multifactorial", "origem idiopática ou iatrogénica", "evolução insidiosa", "assintomático", "síndroma", "beta-bloqueantes", "anti-hipertensores", etc, etc, etc...

Garanto-vos que, na esmagadora maioria dos casos, as pessoas ficam impressionadíssimas e com a certeza que estão a ser cuidadas por um profissional diferenciado e altamente qualificado. E fala a voz da experiência.

Lembrete a mim mesmo nº1

Observar bem as situações antes de abrir a bocarra.

(Chatice ter um língua mais rápida que o raciocínio...)

Hipoteticamente falando...

Imaginem que chegam ao hospital a contorcerem-se com dores. Imaginem que o médico vos encaminha para a sala de tratamentos para fazerem um soro potente para essas dores. Imaginem que o enfermeiro de serviço se vira para o médico dizendo que acabou o stock desse fármaco.
Imaginem que esta situação hipotética aconteceu com um enfermeiro hipotético, num hipotético hospital de um país que pode, hipotéticamente, existir.

Dr. Jeckyl e Mr. Hyde

Em qualquer um dos meus trabalhos sou colocado em situações em que tenho que assumir a responsabilidade pelo serviço. Num dos lados sou chefe de equipa e no outro substituo o chefe na sua ausência. Tenho, por vezes, alguma dificuldade não em lidar com a autoridade, mas antes a aplicar a autoridade que me é atribuída pelas circunstâncias do serviço. Se no caso do chefe de equipa a autoridade está relacionada com a parte clínica do trabalho e com decisões meramente técnicas, pelo que é fácil explicar aos elementos a razão desta ou daquela decisão, devidamente fundamentados, o mesmo não se aplica quando se é chefe do serviço e as decisões são mais do foro da organização, da burocracia e da gestão própria de qualquer entidade.
No último ano tive de assumir o cargo de enfermeiro-chefe do serviço durante 4 meses. Garanto-vos que foram os 4 meses mais penosos da minha vida profissional! Como disse, o meu problema não é lidar com a autoridade mas sim aplicá-la. Hoje sei que não há nada mais complexo do que gerir recursos humanos e que, por muito que tentemos, é impossível agradar a todos! E, pior, que há pessoas que têm como jogo preferido "vamos lá irritar o chefe"!! Qual a melhor maneira de dirigir uma equipa?
Um colega que tem as mesmas responsabilidades que eu tem uma postura austera, distante, directiva, afirmativa, não pede: manda, pensa sempre no serviço primeiro e no indivíduo depois, a primeira resposta é "não", não dá grande margem de manobra e fica sempre com a última palavra. Eu, por outro lado, tenho uma posição mais democrática, tento decidir em conjunto com a equipa e tento consultá-la sempre que possível, sou mais atento aos problemas pessoais de cada um, tento ser o mais equitativo possível na distribuições das funções e das folgas, tento ter uma mente aberta e ser flexível.
Contudo sinto que esse meu colega tem um muito maior controlo da equipa em situação de conflito. Segundo ele o meu problema é que dou "demasiada confiança", que um chefe deve ser distante da equipa para esta não se "alargar" e que devemos sempre desconfiar das razões que nos são apresentadas, que o serviço está acima dos problemas pessoais e que, em último caso, a explicação para determinada decisão é "porque eu é que mando"!
Pergunto: será melhor ser o bom Dr. Jeckyll ou o malvado Mr. Hyde? Qual deles obterá melhores resultados?
É que não me pagam para me andar a maçar com os meus colegas...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mentezinhas Irritantes

Tenho lido com alguma frequência algumas críticas negativas ao projecto "Amália Hoje". Trata-se da revisitação da obra de Amália Rodrigues e o nome do projecto não podia ser mais honesto. É engraçado porque, em conversa com a Mariana acerca deste novo projecto musical, concordávamos que iriam surgir vozes ofendidas com a profanação da obra da diva. Estávamos certos.
Os fundamentalismos dão-me sono. A sério! Resultam de uma falta de inteligência tremenda, de uma completa ausência de sentido de humor, de uma mente atrofiada. E como me irrita a frase "Há assuntos com os quais não se pode brincar." E a palavra-chave aqui é "Brincar". Reparem que não é humilhar, agredir ou ofender. Qual é o problema de 4 jovens músicos portugueses interpretarem a música de Amália à luz das suas experiências? Nenhum, considerando que demonstraram grande respeito pela mesma. E reparem que falamos de pessoas com algum sucesso na sua áreas (The Gift, Moonspell e Paulo Praça) que, com certeza não se meteram nisto pelo lucro. Este é mais um tributo a Amália. A diferença é que este tributo vem de pessoas cujas áreas de actuação tem pouco a ver com a música de Amália, e não dos habituais dinossauros que dela foram contemporâneos. E isso só valoriza esse tributo.
Depois reúne um grupo de artistas que canta normalmente em inglês, que se colocam a cantar em português. Numa altura em que a qualidade do português falado, escrito e cantado não é a melhor, traz novamente à luz o "belo português". Pergunto-me como Amália, ela própria, se tivesse nascido na década de 70, cantaria hoje as suas próprias canções? Considerando que as letras são intemporais, qual seria a forma como ela as cantaria. Que tipo de artista seria ela. Figura controversa como foi no seu tempo, certamente o seria no nosso, acredito que as novas roupagens que deram aos seus velhos clássicos lhe agradariam. Ou talvez até ela fosse um pouco mais radical na abordagem dos temas. Agora, considerar a obra de Amália como o Santo Graal da cultura portuguesa, que não pode ser profanado? Tenham juízinho, sim. Obrigado

terça-feira, 12 de maio de 2009

Casulo ou Kafka à beira de um ataque de nervos.

Dou por mim a realizar as tarefas diárias no trabalho de uma forma perfeitamente automática. Tão automática que, por vezes, não me apercebo do que estou de facto a fazer. Não me lembro de ter dado aquele fármaco, de ter puncionado aquele doente. É como se as coisas aparecessem feitas, sem a minha intervenção. O meu corpo está cá e o meu inconsciente automatizado sabe o que tem a fazer. A minha mente contudo vagueia lá fora. A mulher, o filho, os projectos, o futuro. Neste momento não quero que exista o presente. Melhor, quero que este presente se torne passado que o futuro que penso se transforme em presente. Evito pensar o presente, não quero saber do que se passa nele, e quando me pedem para o pensar a minha mente desliga. Este é um esforço consciente que me desgasta, que me cansa. Mas o presente, inevitavelmente, engole-me na sua espiral de comunicação com terceiros, de responsabilidades atribuídas, de regras estabelecidas. Dou por mim a invejar alguns dos meus parceiros, a sua leveza no trabalho, a sua atitude de desresponsabilização, a sua atitude "entro-às-oito-saio-às-quatro", o facto de serem "invisíveis" pela sua condição de meros funcionários com responsabilidade muito limitada. Quero ser mais uma formiga no carreiro, mais um funcionário da linha de montagem, invisível e não-responsável.
É tão irónico pensar que, há 10 anos atrás, sonhava com uma posição de destaque, de chefia, de reconhecimento académico. Este trabalho corrompeu-me nos últimos anos, enxertou-me com galhos de cinismo, hipocrisia, indisponibilidade, incompetência, absentismo, revolta e desmotivação. Hoje não quero ser nada mais que apenas um dente da engrenagem, aquele que mesmo que se parta não afecta ninguém. Quero ser apenas mais um desta imensa mole que circula. Como Kafka, gostava de me transformar num insecto. Mas não quero o mesmo destino da barata kafkiana!! Longe disso, amo a vida demasiado para isso. Não, melhor, gostaria de ser um bichinho-da-seda e construir um casulo onde pudesse ficar, com a minha família, nos próximos 2 anos. Seríamos muito felizes fechados no nosso casulo e sairíamos a voar em direcção ao nosso futuro que, também ele, se transformaria em presente. Dois anos...
Este blog corre o risco sério de se tornar uma seca...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Espírito

São agora 23h. Entrei no serviço às 8, o que perfaz uma permanência de 15h consecutivas no serviço. Não é que não esteja habituado, afinal isto é rotineiro para quem tem dois empregos. Acontece que hoje eu até ficava livre ás 16h, não fosse uma colega ter adoecido. Coisas que acontecem a todos. O que me chateia é o facto de ninguém dos colegas mais folgados, aqueles que trabalham sempre das 8 ás 16, se disponibilizou para assegurar o turno dessa colega. Não é que seja obrigação deles, afinal o que está legalmente estabelecido nestes casos é que segue turno um dos colegas do turno anterior. Não, o que me entristece, ao mesmo tempo revolta, é que a maioria dessas colegas são miúdas que acabaram o curso no ano passado. E entristece-me ver que, tão novas, já não têm o espírito de equipa tão importante em trabalhos como o meu. Não têm respeito pelos mais experimentados, repudiam os conhecimentos que adquirimos ao longo destes anos, levam a sua avante mesmo quando advertidos que as coisas não vão resultar apresentando o facto inabalável que "aprenderam assim na escola". Enfim, todo um conjunto de atitudes no mínimo sobranceiras.

Mas o que dá vontade de rir são as queixas. "Ai que eu ganho metade do que tu ganhas...", pois mas se só trabalhas metade do tempo! "Ontem trabalhei até às 23 e entrei hoje ás 8, estou tãããão cansada.", pois essa é a minha rotina! "Importas-te que saia meia horita mais cedo? É que amanhã entro ás 8 e preciso descansar.", claro que me importo! Aliás, ofende-me porque enquanto tu te levantas às 7:30 para estar aqui às 8, eu amanhã levanto-me às 6 para estar em Lisboa às 8!! E já faço isto há uns anitos...
Quando eu comecei a trabalhar na Urgência Geral do HGO, a ver mais de 300 pessoas a cada 8 horas, havia um espírito, uma irmandade. Se um colega tinha o seu posto vazio ia ajudar os colegas que estavam mais atarefados. Se um colega não conseguia comer porque havia muita gente, logo alguém se prontificava a "dar um olho" na ausência do outro. Se as noites complicavam ninguém descansava, se não havia tempo para ir comer ao bar, alguém trazia comida para todos, se um colega estava visivelmente "morto", a equipa compensava aquele posto. As coisas eram (são) muito difíceis, mas havia espírito. Percebi que estava na hora de sair quando, às 4 da manhã decidi que tinha mesmo de ir petiscar qualquer coisa antes de cair para o lado e, espanto, deparo-me com 4 coleguinhas com 3 meses de casa sentados no corredor junto à máquina a beber café e a rir calmamente. Quando confrontados com o caos que estava na urgência e com a situação complicada de alguns colegas, responderam apenas que estava na hora de descanço deles.
Ninguém é obrigado a nada, mas a humildade e a consideração pelos colegas não faz mal nenhum. Eu, cá por mim, não sou vingativo. Mas quem mas faz... paga-mas.
Desculpem lá o desabafo... mas estava entalado desde a manhã.

Carros com nome!

A L., muito gentilmente, desafiou-me a fotografar as letras da matrícula do meu carro e a partir delas baptizar o bólide. Ora, como eu encaro o meu carro como... como dizer... apenas um carro (!!), nunca me afeiçoei a ele o suficiente para lhe dar um nome!! Mas gostei deste desafio, é bem original!! Cá está a foto:


Assim sendo, e sendo que as regras dizem que o nome será a primeira que nos ocorrer, o meu carro é.... PArvo!!!

E como a L. fala num passatempo de viagem que consiste em nomear os carros que passam, através das letras das suas matrículas, aproveito para partilhar uma pequena brincadeira que eu e a Mariana temos nas viagens: tentamos formar palavras com as letras dos carros que passam. Exemplo: um carro é PA e um outro que passa é PO = PAPO!! É bem giro... e agora me lembro que há muito tempo que já não o fazemos. Não faltarão oportunidades!!!

Vai!! Tudo a fotografar as matrículas dos respectivos bolinhas!

Gostos não se discutem (principalmente se forem contra mim!)

Ai, que são muito espampanantes! Ai, se não fosse o verde... Ai, que dão muito nas vistas!
Naaada disso. São bem catitas e modernaças, além de que fazem sentir que andamos sobre as nuvens... são leves e maleáveis que nem luvas! Depois têm um chip incorporado na sola que se liga ao i-Pod ou a uma bracelete electrónica, chip esse que armazena os dados do treino (distância percorrida, velocidade, calorias gastas, etc) que são depois descarregados no computador e analisados por um software!! Pesquisem pelo sistema "Nike Plus". Modernices...



Sou conservador relativamente a algumas coisas, mas os ténis não são uma delas! Tenho um nigga dentro de mim...

Uma ajudinha.

Estou à procura de um apartamento ou vivenda para alugar durante a segunda quinzena de Julho. Pretendo que esteja localizado no concelho de Almada ou do Seixal (falo de Almada, Charneca, Costa, Seixal, Sobreda, etc) e com fácil acesso à autoestrada. Se alguém souber de alguma coisa, por favor utilizem a zona de comentários ou o mail que consta do perfil. Obrigado!

Monstruoso!!

Nada como fazer coisas diferentes (e divertidas!) para afastar o mau karma.
Ontem fui andar de mota!!! Para que conste, não sou motard! Sou mais um motoqueiro (e existe uma diferença entre estas duas expressões, experimentem chamar "motoqueiro" a algum vosso conhecido aficionado das motos e percebem logo a diferença!!!) que gosta de dar umas voltinhas nas duas rodas! Despertei já tarde para este mundo. Foi durante o curso que um amigo e colega de quarto me cativou para estes "bichos" que sempre me impuseram (ainda impõem) muito respeitinho! A vontade de aprender a "domina-los" foi crescendo até que decidi tirar a carta de mota. Tinha 28 anos!
Quer isto dizer que a minha experiência de condução de moto é pouco mais que... zero!!! Como não tenho mota, conduzo esporadicamente. Durante a semana passada um amigo convidou-me para ir experimentar uma mota num novo stand. Claro que fiquei em pulgas. Quando me perguntou se tinha equipamento (capacete, luvas, casaco) fiquei apreensivo. Afinal, o teste consistia numa voltinha em grupo, já que havia cerca de 15 motas para experimentar. Estava ansioso porque sabia que tinha de ir para a estrada e, além de ter pouca experiência, não conheço a zona do passeio. Por outro lado sabia que iria "rolar" a muito menos velocidade que o resto do grupo, todos verdadeiros "motards"!!!
Ao chegar ao local do stand, depois da inscrição e da parte burocrática, deram-me as chaves para este bichinho...


Ora... o nome é sugestivo: Ducati MONSTER!! Tudo bem que era a moto mais fraca de todas, mas sempre são 696 cc com 80 cv a puxar cerca de 160 kg de moto + condutor!!! O grupo arranca e eu inicio a minha demonstração de domínio do homem sobre a máquina com uma valente aceleração em ponto morto (uma das funções do capacete é ocultar a identidade do maçarico!!!) logo seguida por uma travagem brusca que me ia fazendo saltar do assento (estava só a testar o sistema de travagem...). Quando finalmente saí da zona industrial onde se encontra o stand já tinha perdido de vista o resto do grupo, isto apesar de estar a circular à velocidade considerável de... 60 km/h!!! Rotunda, rotunda, mais uma rotunda e lá continuava o Miguel a circular calmamente, apesar do "bicho" estar a pedir mais e mais. O raio da moto é mesmo nervosa. Nervoso devia estar também o instrutor do stand que ia em último no grupo (havia um no início e outro no fim) que ia a marcar passo atrás de mim!!!
Finalmente, estrada!!! Entrámos na IC19 e, com a estrada toda para mim, lá fiz a vontade ao animal que montava e mandei-me (cautelosamente) para os 130 km/h. Sol de pouca dura... ao fim de poucos quilómetros o trânsito estava parado. Logo agora que estava lançado... o intrutor ultrapassa-me e segue pela faixa de segurança. Sigo-o e, qual é o meu espanto quando vejo uma das nossa motos no chão e um dos convivas sentado junto ao muro central. "Grande merda!!", parei e fui ver o rapaz. Fractura da clavícula (evidente até para quem não percebe nada disso) e cheirou-me a luxação do ombro. Liga-se ao 112 e voltamos a arrancar.
O resto do passeio correu bem. Com o passar do tempo adaptei-me à mota e até fui arriscando mais um bocadinho!! Claro que sempre bastante mais lentamente que o resto do grupo, mas no fim, foi um "experimentado" das motos que anda todos os dias sobre duas rodas que se estampou contra o muro central do IC19, enquanto aqui o "maçarro" chegou são e salvo ao ponto de partida!!! Estava contente e com vontade de andar na mota a tarde toda mas só me apercebi da adrenalina que bombava quando a minha mão tremia ao preencher um questionário acerca da experiência!!! Afinal boys will be boys...
Deixo-vos um sorriso de orelha a orelha, bem visível nesta imagem!!!

Dúvida.

Como é que pessoas pequeninas e acções mesquinhas, a intromissão descarada, o abuso, a arrogância, a tacanhez, como é que estas coisas ofuscam a vontade, a criatividade, o bom humor, a simpatia, a disponibilidade?
Não sei, mas cola-se à pele.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Sobre Dietas

Hoje vi um pequeno excerto do programa "Sociedade Civil" (excelente programa, canal e horário errado!) que se debruçava sobre as dietas. Ele é a dieta da melancia, do ananás, do morango. Ele é comprimidos diuréticos e laxantes. Ele é endocrinoligistas, dietistas, nutricionistas, psicólogos e outros "doutores". Ele é restrições alimentares, suplementos vitamínicos, hervanárias e as mais variadas substâncias vendidas nas farmácias e devidamente publicitadas por mulheres gordíssimas como é o caso da Cláudia Vieira (que por acaso até aumentou de peso, mas foi por colocar mamas novas!), o Tallon e o Póvoas.
O grande problema é que nós (mesmo o que não têm problemas de peso) comemos o dobro do que precisamos! E mais os Portugueses, para quem a qualidade do restaurante se mede pela quantidade de comida que aparece nas travessas!! E depois temos uma actividade física inexistente ou ineficaz. Acontece que, chega o sol e as temperaturas altas e logo começamos a ver as gordurinhas que eram invisíveis em Novembro. Então é ver a malta a correr, com os seus rabos XXL, e a cintura flutuante (refiro-me obviamente às mulheres, que são a maioria) nos espaços verdes das cidades, os donos de ginásios a esfregar as mãos de contente por chegar a "época alta". E a alimentação passa a ser uma bolacha de água e sal ao pequeno-almoço, um folha de alface ao almoço e um copo de água ao jantar!!!
Querem dietas? Experimentem comer menos e correr mais, mas durante o ano todo!!! Deixem as batatas fritas e o MacDonald's, dividam o bife de novilho com mais uma ou duas pessoas, deixem os molhos e comam saladas, experimentem sopinha mais vezes e, se tiverem fome, comam frutinha em vez de uma tosta mista. E corram, vão ao ginásio ou à piscina regularmente, vão pelas escadas em vez do elevador, experimentem ir ao café da esquina a pé ou de bicicleta, em vez de carro, passeiem mais pelos jardins e menos pelos centros comerciais e talvez, talvez isso resolva o vosso problema (salvo, claro está, as devidas excepções patológicas)!!!
É capaz de ser bem mais barato e saudável do que as consultas do Póvoas, digo eu.

Rei-Sol

Bem sei que tenho andado meio desaparecido... o que se passa é que muitas coisas estão a acontecer ao mesmo tempo e não tenho tido a disponibilidade (nem a vontade, verdade seja dita) de actualizar o blogue ou visitar os outros. Valha-nos o Rei-Sol que nos tem brindado com dias fantásticos e oportunidade de sair de casa e esvaziar a cabecinha!
Entretanto, perdi um seguidor... vejam lá isso, que dói! Mas não é só más notícias: este mês foi revista a taxa de juro do crédito-habitação e vou pagar menos 349,93€ por mês!!! E esta hem??
Volto já...

domingo, 3 de maio de 2009

De volta ao batente... e coisas que valem a pena.

Pois... assim que chega o sol eis-me de volta ao trabalho. Sobre esse assunto não me vou alongar muito... gostaria apenas de esclarecer uma coisinha: se me saísse o Euromilhões NUNCA MAIS TRABALHAVA NA P***A DA VIDA!! É que há tantas coisas bem mais interessantes para fazer nestas poucas dezenas de anos que temos para viver... (suspiiiiiiro).
(Não liguem, rabujice de quem já não trabalhava há 15 dias...)
Sobre coisas que são giras de se fazer. Ontem tivemos mais um dia bem giro para contar. Eu, o Gabi e a Mariana metemo-nos no comboio em Lisboa e fomos até Santarém!! Escusado será dizer que o Gabriel ADORA andar de comboio. E se nos comboios urbanos há muitas coisas para ver, imaginem o inter-regional em pleno Ribatejo com as vacas, os cavalos, os tractores e imaginem só, uma avioneta que seguia lado a lado com o comboio!!! Chegados a Santarém fomos até à quinta dos pais de uns amigos. Cães, galinhas, coelhos, rolas, perdizes e... tartarugas!! Além disso, colher cerejas selvagens e comê-las logo ali, correr livre sem os pais sempre a segurar e a controlar, cair na terra e não ligar pêva, ficar todo cagado de pó e com as mais sujas de tantas festinhas dar no cão de guarda... o paraíso, portanto!!!
Depois de um dia assim, não é fácil encarar o regresso ao emprego com um sorriso nos lábios...
(acho que vamos ter cada vez menos textos sobre hospitais...)

sexta-feira, 1 de maio de 2009

10000 Maniacs.

Lembram-se de um velho grupo pop chamado 10000 Maniacs? Eu lembro-me. Não que fosse particular fã ou consumidor da sua obra. Apenas achava (como acho!) o nome excelente. 10000 maníacos!!! E punha-me a pensar nas consequências de tantos maníacos juntos! Mas enfim, hoje o nome desta velha banda ganha, para mim, um novo significado. Hoje, 1 de Maio de 2009, o "Cheirinho a éter..." atinge um marco significativo na sua (curta) existência: 10000 visitas.
Em 5 meses e 10 dias de existência (só passou este tempo?!??), um total de 162 dias, este blog foi visitado 10000 vezes... Não sou um fanático da matemática (bem pelo contrário!) mas fiz as contas e isso dá cerca de 62 visitantes/dia. Não sei se é muito ou pouco, à luz do universo da blogosfera, mas lá que é um grande número... lá isso é! Principalmente porque ainda somos uns bebézinhos nestas lides!
É para mim muito encorajador saber que há pessoas que se dão ao trabalho de ler as coisas que por aqui escrevo, principalmente porque a maioria delas nem são particularmente importantes, relevantes ou interessantes! Como respondi num pequeno questionário acerca deste blog, gosto de imaginar o "Cheirinho a éter..." como um bar de praia onde um grupo de amigos de reúne ao final de mais um dia chato no trabalho apenas para rirem um pouco, sem pretenciosismos de qualquer espécie.
Obrigado a todos, gloriosos maníacos da blogosfera, amigos bloggers de todos os quadrantes! Venham sempre, puxem uma cadeira e juntem-se ao grupo!! As bebidas são por conta da casa!!!