Temos por garantidas as melhores coisas da vida. Nesta altura de férias, em que é comum passar-se algum tempo em hotéis, com mais ou menos estrelas, reconheci finalmente o que mais prazer me dá nos hotéis para além do pequeno-almoço pronto a comer, a piscina e o respectivo bar e o encontrar o quarto arrumado quando o deixámos tão caótico como se uma granada lá tivesse rebentado. E meus amigos, o que mais prazer me dá nos hotéis é... encontrar a sanita impecavelmente limpa e bem-cheirosa tooodos os dias!
Existe lá prazer mais básico, subconsciente e primário do que cagar numa sanita limpa? A pele sensível e branca do rabo em contacto com a alva porcelana, o cheiro fresco e limpo que emana do WC Pato, a sensação fresca do contacto do rabo desnudo com o frio do tampo, primeiro aquele arrepio do frio agridoce e depois aquela fusão perfeita entre as nádegas e a sanita onde, ao fim de algum tempo já não se sabe bem onde começa um e acaba o outro... ah, o prazer! E assim devia ser, um direito básico do Homem a uma sanita limpa, cheirosa, brilhante, resplandecente todos os dias, até ao fim dos dias.
Mas enfim, a crua realidade dá-nos chapadas firmes todos os dias. As nossas sanitas não são limpas todos os dias e, crueldade suprema, a vida ensina-nos que não são fadas nem duendes que tratam de dar ao nosso rabo o contacto com a porcelana que ele merece. Não, temos de ser nós próprios a tratar disso. E nós tratamos. Com mais ou menos à vontade, mais ou menos asco, mais ou menos náusea, nós tratamos da nossa sanita. Como eu tratei ainda hoje.
E agora, findo o jantar e tomado o belo café laxante vejo-me diante deste dilema, encurralado entre duas questões que se excluem mutuamente. Preso entre a perspectiva animadora e gulosa de sentar o meu belo rabo de pele branca naquela alva porcelana resplandecente e aí mesmo satisfazer um dos prazeres mais básicos de todos os Homens e, por outro lado, cagar aquilo tudo outra vez!
Era tão mais fácil se existissem umas fadas-madrinhas...
5 comentários:
Miguel, mas tu ao menos tens a consciência do trabalho que deu limpar a dita cuja para teres esse prazer... Há quem só tenho prazer porque há alguém que lhe trata do assunto, com mais ou menos asco ou náusea...
Acho que querias dizer 'fadas-merdinhas' :)
Interessante tema de debate!
Eu já espero ler tudo neste blog!!!
Isto chama-se uma conversa de m****, ;)
Enviar um comentário