No Domingo corri mais uma Meia Maratona, em Lisboa! Cada vez mais gosto destes dias, dias de prova, de corrida com mais uma centenas (milhares, por vezes) de pessoas completamente desconhecidas mas unidas pelo mesmo propósito! E lá estão os atletas profissionais misturados com os corredores aplicados, os corredores de domingo, os que só correm nas provas. Lá estão os atletas do estilo com as marcas da moda, os acessórios todos, as sapatilhas XPTO, as lycras justas a revelarem os corpos definidos pelos treinos, misturados com os homens de pele escurecida pelo sol da faina ou das obras, sem noção de estilo e com as barriguinhas definidas pelos petiscos! Vai-se a ver, estes últimos correm sempre mais que os primeiros. Lá estão as famílias inteiras, pai, mãe, dois filhos e um carrinho de bebé (normalmente os cabelos loiros e olhos claros denunciam que não são portugueses) para participar nas mini-provas de confraternização. Vêm-se pais e filhos, avós e netos, marido e mulher, amigos, colegas de trabalho. Todos juntos para uma corridinha!
Mas o que eu gosto mesmo é da corrida. Neste caso, 21 km pelas ruas de Lisboa, da 24 de Julho até Algés e daí até ao Terreiro do Paço e depois a difícil subida até ao Estádio do Inatel passando pela Rua da Prata, Martim Moniz, Av. Almirante Reis, Av. Roma e Av. dos EUA. Cada dia que faço, cada treino que acabo, cada prova que termino reforçam este prazer, este vício que parece ter encontrado um lugar definitivo na minha vida. Naquela 1 hora e 40 minutos de corrida, ao lado de mais cerca de 1200 atletas não existe mais nada. Somos nós em profundo contacto com o nosso corpo, com os batimentos do nosso coração, com a nossa respiração controlada, com as dores dos nossos músculos. Mas também somos nós em comunhão com a Corrida, com a Prova. Cada Corrida é diferente, tem um ritmo diferente, uma emoção diferente, uma vida diferente. E nós somos influenciados por ela da mesma maneira que somos nós que a construímos.
Mas a minha parte preferida da Corrida é mesmo a Chegada! A emoção de ver o Arco da Meta, a agitação dos espectadores que incitam e batem palmas à nossa passagem, a entrada no "funil" da chegada onde familiares e amigos gritam os nomes dos atletas que foram apoiar. E depois o momento quando cortamos a meta e paramos o nosso cronómetro. Mais uma, está feito! Mesmo que o tempo de prova tenha ficado acima daquilo que tínhamos planeado. Afinal, há sempre a próxima corrida para melhorar!
Não me importo de ir correr sozinho, aliás é isso que faço treino após treino. Mas correr acompanhado, em prova, em competição tem outro sabor!
3 comentários:
O meu avô tem 74 anos e também foi fazer a meia maratona. Começou a correr devido a uma qualquer coisa flebite (acho) há uns valentes anos atrás. Ficou com o bichinho e o vicio das corridas. Já faz provas a nivel mundial e tudo!! Este ano na Hungria e para o ano Sacramento! Enfim, um role model para mim sem dúvida. Entretanto pegou o vicio ao meu pai, que apesar de durante a semana não ter tempo para treinar, não passa um domingo sem correr, seja em prova ou em treino. Este novo vicio fez com que o meu pai largasse um muito antigo: o tabaco. Claro que depois do meu meu a minha mãe, tia e avó estão sempre lá, a fazer as caminhadas ou provas mais pequenas... Bom.. nem sei para quê o testemento, mas pronto. Só para dizer que acredito nessa sensação que sente porque vejo-a nos meus familiares. E sinto que eles se sentem muito bem quando o fazem, nem que seja para chegar em último.
Que assim continue por muito tempo! e daqui a uns aninhos com os filhotes a acompanhar!
@ Miguel: Preciso que divulgues uma campanha: Neste Natal, Doe a quem Doer!
Está tudo no banitos. Obrigada e beijinhos!
Preciso de companhia para treinar. Os meus companheiros de corrida abandonaram o barco :-(
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