Existem aquelas pessoas que são (profissionalmente falando, claro) efectivamente boas, que provam que são boas para lá de qualquer equívoco. Depois existem a massa de profissionais normais, medianos, melhores ou piores executantes mas aceitáveis. E, claro, os maus! E, de quando em vez, lá emerge um profissional da enorme massa de vulgaridade que por aí anda e torna-se numa figura de relevância nacional! Porquê? Eu chamo-lhe ilusionismo.
Essa pessoa dá a ilusão de ser fora-de-série. Por uma razão ou por outra, ou ainda por um contexto único e irrepetível, esse profissional ganha fama e reputação. E todos sabemos que fama e reputação é meio caminho andado para o sucesso, mesmo que seja apenas ilusão. O segredo está em saber manter essa ilusão. E Carlos Queirós é um ilusionista, eu diria mesmo um mágico! A única coisa que ele conquistou foram os Mundiais Sub-20 em 89 e 91. O mérito é dele, certamente mas não esqueçamos quem eram os seus jogadores na altura: Figo, Rui Costa, F. Couto, V. Baía, só para citar alguns exemplos. Depois disso a carreira de Queirós é uma sucessão de ilusionismo. À boleia dos putos-maravilha que vieram a tornar-se em alguns dos melhores jogadores do Mundo nos melhores clubes da Europa, Queirós constrói um título, um Cartão-de-Apresentação pomposo: o de treinador que descobriu e abriu as portas a todos esses jogadores de topo! O que, não podendo ser refutado, também não pode ser comprovado! Lá está: ilusionismo!
A sua carreira é feita de falhanços, a saber:
-Falhou o Mundial de 94
-Falhou o campeonato com o Sporting
-Foi para os EUA e depois para o Japão, dois dos melhores campeonatos do mundo (not!)
-Seleccionador dos Emirados Árabes Unidos, não ganhou nada
-Consultor técnico (???) de Moçambique
-Seleccionador da África do Sul, apurou-se para o Mundial 2002 (e só!)
-Adjunto no Manchester United, de Sir Alex Fergusson, apenas um dos melhores treinadores de sempre, é normal que tenha ganho títulos
-Falhou REDONDAMENTE no Real Madrid com uma constelação de estrelas do futebol!
-Regressa a Manchester, para a sombra e segurança de Sir Alex
-Seleccionador de Portugal com um apuramento sofrível e sofrido num grupo mais do eu acessível.
Ilusionismo, meus caros!
Eu não gostava do Scolari mas, honra lhe seja feita, foi o melhor seleccionador de sempre de Portugal. Os nossos maiores feitos foram com ele. Queirós terá o seu mérito como estudioso do futebol, teórico, coleccionador de dados estatísticos. Tudo funções de adjunto. Ele será talvez o melhor treinador-adjunto do Mundo mas, ainda assim, adjunto! Queirós não tem perfil, não tem força, não tem carisma, não tem brilho. Queirós é baço, talvez por ter estado sempre à sombra de um treinador-maior. Esta selecção está construída à sua imagem: baça, apagada, linear, previsível. CARAMBA! Nós temos o melhor jogador do mundo! Que incompetente de merda consegue, pura e simplesmente, anular o melhor jogador do mundo dentro da sua própria equipa? Ronaldo deve estar, a esta altura a rogar pragas por não ser brasileiro, argentino, alemão ou inglês. Em qualquer uma destas equipas, Ronaldo explodira de facto. Mas não com Queirós. Queirós não sabe liderar homens, não sabe o que fazer com tantas variáveis que acontecem durante um jogo. Se o futebol fosse teórico, Queirós seria o melhor. Se fosse um debate de ideias, tácticas, estatísticas Queirós não daria hipótese. Mas o futebol é um jogo de homens, de suor, de sangue, de paixão. E Queirós não tem nada disso.
Sim, estou f*********do comó c********lho com o resultado do primeiro jogo... Não correm, não lutam, não arriscam. Uma equipa estéril. E nem sequer culpo os jogadores!
3 comentários:
Caro Miguel,
A Selecção definha a olhos vistos desde 2006. Nesse ano, chegamos às meias-finais a praticar um futebol sonolento, mas, de forma geral, não foi um torneio de grandes jogos. Scolari devia ter saído aí: a chamada Geração de Ouro aposentava-se e muitos bons jogadores já haviam passado o auge (Deco, por exemplo). Ficou e fez um trabalho medíocre na campanha para o Euro 2008 e na competição em si.
Queiroz veio e consigo vieram as convocatórias erráticas, a esquizofrenia táctica, a falta de pulso e uma constate culpabilização de outros pelos seus erros. Entre ele e Scolari, é preferível o brasileiro que ao menos conseguia (de forma bem labrega) galvanizar a equipa e os adeptos. Queiroz tem conversa para boi dormir. Faz-me lembrar Fernando Santos no Benfica.
Cumprimentos e vou adiciona-lo à minha lista de links.
A geração de ouro já lá vai assim como os tempos em que Portugal jogava em condições.O Mundial 2006 foi a última altura em que o jogo de Portugal foi positivo,daí para a frente foi sempre a descer.Queiroz tinha(e tem)em mãos a responsabilidade de liderar a renovação da Selecção e não se está a sair nada bem.A equipa não tem ideias,não tem fio de jogo,não tem rasgo ou criatividade e é insegura a defender.Foi assim no apuramento(muito sofrível)e parece que vai ser assim no Mundial...
Miguel,
Vou enviar este post para o "comentador" Rui Santos da SIC, amigo pessoal do professor e que o idolatra até a última gota de sangue.
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