segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O que faço eu com o Facebook?

Fartei do Facebook. Alguns meses apenas de utilização intermitente bastaram para não saber o que faço eu com aquilo. Abençoado Mark Zuckerber que ultra-enriqueceu com a sua criação.
Para mim, o problema com o FB é que é chato. Chatinho mesmo! Excepções honrosas feitas a meia dúzia de amigos que escrevem uns murais porreirinhos (curiosamente são amigos que saíram aqui da blogosfera!) o resto é um vazio de ideias, de interesse. Nunca compreendi a euforia e a dedicação às quintas virtuais (parece que isso morreu, benzadeus!), ás guerras de gangsters, ás lojas e bares virtuais. Os grupos criados no FB, apelando a esta ou àquela causa apesar de serem frequentemente mencionados na comunicação social são, na sua maioria, vazios. Porque, na realidade são apenas alguns milhares de pessoas cuja única contribuição para a causa foi um clicar em "gosto" ou em "adicionar grupo".
Os murais individuais são um desfile de palavras vazias, sem interesse, fúteis. E dá-me uma tremenda vontade de comentar "seca", "que bom pra ti", "o qu'é q'eu tenho a ver com isso" tal é o desinteresse, a falta de inteligência associada. Ou isso ou os textos automáticos das aplicações parvas tais como frases do dia, qual a celebridade mais parecida contigo, constrói a tua árvore de natal, o teu animal virtual, etc, etc, etc. Tenho pouco mais de uma centena de "amigos" no FB e apenas uma mão cheia deles (mais uma vez os mesmos que conheço da blogosfera!) tem murais interessantes, comentários interessantes e inteligentes, coisas com estilo! Calculo que o FB não faz milagres. Se alguém é desprovido de interesse na vida real o seu mural do FB está condenado também ao bocejo!
Pensando bem, a principal razão pela qual eu não me dou muito com o FB tem mais a ver comigo do que com qualquer outro dos factores descritos. É a mesma razão pela qual nunca gostei do Messenger ou do Twitter. A comunicação é muito limitada. Palavras soltas, pequenas frases não funcional comigo. Exceptuando apenas aquelas frases que significam tudo, só ao alcance de algumas cabeças geniais, eu gosto de textos elaborados, fundamentados, argumentados e contra-argumentados. Também não sou grande fã de SMS já agora! E é por isto, acho, que prefiro os blogs. No fim de tudo, não consigo ser um gajo sucinto!

8 comentários:

I. disse...

Também acho aquilo uma seca das grandes. Mil vezes os blogs! Deve ser bom para engate, mas como estou fora do "mercado", não posso afiançar. Não lhe ligo pevas.

esqueci a ana (ex-ana) disse...

Tenho uma página muito recente no facebook. Partilho quase integralmente dos comentários acima. Curiosamente muitos dos meus amigos também possuem a mesma opiniam (uns experimentaram outros nem sequer tentaram)
É caso para escrever...bem vindo ao clube!E sim o problema maior é a tónica do apressadinho...não dá.
(bem, exceptuando as urgências mas disso o especialista és tu!)

Ana C. disse...

Gosto Disto :)

Melissa disse...

Sou oversharer, adoro o bu.

Naná disse...

Miguel, sou utilizadora habitual do FB e apenas porque me facilitou o contacto com tantas pessoas a quem tinha perdido o rasto, colegas de faculdade, amigos que mudaram de terra e assim consigo ir estando a par do que com eles se passa. E inclusivamente descobrir que ainda há tanto que nos liga, nos une, que ainda temos em comum, mesmo distantes geograficamente e por muito tempo.
Mas sim, há dias que aquilo é uma seca...

Anónimo disse...

pois eu acho os blogs mais entendiantes k o facebook..farto-me de ler blogs k n conhecia ( como hoje o teu por ex) todos os dias e n há maneira de encontrar algum k n seja um vomitar de vaidades ..
parece-me k inteligencia n está associada a blogs e mto menos a palavrinhas ricas.. kem nos dera a nós k as pessoas fossem o k escrevem lolol

Eugénio disse...

O facebook serve para fazer festinhas ao ego, mostrando aos outros que temos uma vida sensacional (que não temos na realidade, mas adoraríamos ter)

Tenho para mim que o facebook foi a melhor coisa que poderia ter acontecido à blogosfera... fez a triagem há muito necessária

Anónimo disse...

Descobri agora o teu blog e gostei do texto, em parte é o que penso mas nunca tive coragem de dizer.

da tua nova leitora.

Juliana*